terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Delegado vai apurar sobre 'gatonet' e venda de segurança ilegal em Del Castilho

Segurança irregular e gatonet cobram taxa, oferecem serviços e emitem recibo na rua do coronel que ocupa o cargo mais alto na PM, na Zona Norte. Favelas vizinhas são chefiadas por milícias
Bartolomeu Brito

Rio - O delegado Luiz Archimedes, titular da 23ª DP (Meier), vai abrir sindicância para apurar sobre a venda de segurança ilegal e de “gatonet” nas ruas de Del Castilho, Zona Norte, onde mora o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Gilson Pitta Lopes. Na tarde desta terça-feira, soldados do 3º BPM (Meier) prenderam Denilson Nogueira Melo, de 39 anos, um dos seguranças da região, que “prestava serviço” na Rua São Gabriel, paralela à rua onde Pitta mora.
Desde 2006, um grupo cobra, ilegalmente, uma taxa de segurança aos moradores. São R$ 20 por mês pedidos em nome da associação de moradores do bairro. Além disso, o bando ainda explora uma rede de TV a cabo clandestina — ou gatonet —, cuja mensalidade é de R$ 30.
O Secretário Nacional de Segurança Pública, Antonio Carlos Biscaia, lamentou o fato e disse ter certeza de que Pitta irá tomar providências e coibir as práticas ilícitas. Na manhã desta terça-feira, os seguranças que andavam com camisetas pretas escrito PAZ sumiram e o “gatonet” foi desligado.
Os policiais descobriram que Denilson respondia a 12 mandados de prisão e também a crimes de morte e assalto no Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Campos Elísios e Petrópolis. Estava condenado há mais de 20 anos e tinha sido colocado em liberdade condicional no fim do ano.
“Me apresentei a um homem chamado Edevaldo e comecei a trabalhar há 12 dias, das 8h às 21h, e ganhava R$ 400”, disse Denilson, que só andava com um aparelho de rádio-comunicação e, quando tivesse uma ocorrência, tinha a ordem de ligar para o 190.
O clima era de tensão nas ruas próximas à casa do comandante da PM. O prédio da Associação dos Moradores, cuja direção vinha cobrando taxa de segurança e “gatonet”, não funcionou nesta terça-feira.
Patrulhas do 3° BPM e da 23ª DP (Méier) percorreram as ruas para tentar identificar os possíveis "seguranças". Apesar da ausência deles, um homem de roupa preta rondava as ruas de Del Castilho em uma motocicleta. Deu umas dez voltas e depois seguiu o carro de reportagem de O DIA.

Oito botijões foram encontrados em local do desabamento

Oito botijões foram encontrados em local do desabamento
Segundo coronel da Defesa Civil, apenas perícia vai identificar causa da explosão.Bombeiros dizem que edifício não tinha autorização para usar gás em botijão.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

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A Defesa Civil encontrou oito botijões de gás na tarde desta terça-feira (26) durante a limpeza dos escombros no edifício que desabou parcialmente na manhã desta terça no Centro do Rio. Segundo a Defesa Civil, o prédio está interditado e passa por uma vistoria. Técnicos querem saber se a estrutura foi abalada. Nove pessoas ficaram feridas no acidente.
Veja as fotos do acidente
A parte dos fundos do prédio está sendo demolida porque ameaça desabar. Dezoito lojas e um banco tiveram que fechar as portas porque foi constatado um vazamento de gás no local. Técnicos da Companhia de Gás do Rio (CEG) também verificaram se a tubulação foi danificada. O comércio no local e a rua foram liberados.

Edifício não tinha autorização para botijões
O edifício que teve parte destruída depois de uma explosão na manhã desta terça-feira (26) não tinha autorização dos bombeiros para utilizar botijões de gás. Segundo o sub-diretor de serviços técnicos do Corpo de Bombeiros, coronel Neri, para esse tipo de autorização é necessário que o edifício tenha, no máximo, cinco unidades de apartamento, que não era o caso. Quando há mais unidades, os apartamentos têm que utilizar gás fornecido por tubulações de rua.

"A autorização é uma norma de 1976, mas contruções de antes dessa data ficaram sem o documento e sem a avaliação do projeto pelos bombeiros", informou Neri. "Pelas características daquela edificação, ela não poderia ter esse tipo de fornecimento de gás, e precisaria ser o gás de rua", completou. Segundo Neri, alguns síndicos teriam optado por continuar com botijões de gás por causa da economia que fariam. O proprietário da loja que explodiu, Eduardo Santos, não foi encontrado. Segundo uma parente, ele alegou estar cansado e não queria mais falar sobre o assunto.

Bombeiros aprovam ou rejeitam instalações
O coronel Neri disse ainda que os projetos são enviados para os bombeiros, que aprovam ou rejeitam as instalações de gás, mas, segundo ele, depois de conseguir uma autorização, é comum que o projeto seja alterado. De acordo com a diretoria de serviços técnicos, a fiscalização deste tipo de irregularidade é feita periodicamente pelos próprios bombeiros, mas a maioria das vezes baseada em denúncias.

"É preciso que a população também denuncie irregularidades, já que o estado é muito grande e a fiscalização em todos estabelecimentos é muito difícil", pediu Neri, que também informou que não havia qualquer tipo de denúncia referente ao edifício.

MC Sabrina se envolve em briga em boate

Sabrina Luiza de Souza, a cantora de funk de 21 anos conhecida como MC Sabrina, foi acusada de ter agredido a corretora de imóveis Roberta Meirelles Maia, de 24 anos, na madrugada da última segunda-feira (25), quando ambas estavam na boate Catwalk, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Roberta sofreu um corte na testa e teve de levar três pontos. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo o delegado, Carlos Augusto Nogueira Pinto, Sabrina admite ter atacado Roberta, mas as jovens têm versões diferentes para o ocorrido.

Deboche
Em depoimento, a cantora alegou que Roberta teria feito comentários e trocado risos de deboche com amigos, encarando a funkeira. Sabrina alega ainda que, depois dessa intimidação, teria sentido uma cotovelada no seio e, presumindo que o golpe teria vindo de Roberta, revidou a agressão.

Esbarrão
O delegado conta que Roberta afirma ter esbarrado na cantora ao tentar se deslocar pela boate lotada. Ela diz que a funkeira não aceitou seu pedido de desculpas e partiu para a agressão. Ainda de acordo com o delegado, após o desentendimento, Roberta pediu para que os seguranças da boate mantivessem a cantora no local até a chegada da polícia, que levou as duas e mais algumas testemunhas, entre elas dois amigos da corretora e o marido da MC, para a delegacia.

Sabrina pode ser condenada por lesão corporal leve, crime que prevê pena de três meses a um ano de cadeia. Se a lesão sofrida por Roberta, no entanto, durar mais de 30 dias e a corretora ficar sem trabalhar em função do problema, o crime se configura como lesão corporal grave, que tem pena de um a cinco anos de prisão.

A cantora foi procurada pelo G1, mas não respondeu às nossas ligações.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Corpo carbonizado é de irmão do PM preso, diz delegado

Policial foi preso por suspeita de chefiar milícia em Guadalupe, no subúrbio.Outra vítima ainda não foi indentificada, por estar totalmente carbonizada.

Patrícia Kappen Do G1, no Rio

Um dos corpos encontrados carbonizados dentro de um carro no domingo (24) na Avenida Brasil, em Coelho Neto, no subúrbio do Rio, foi identificado pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (25) como Marcelo Gregório Silveira da Silva, de 36 anos. Segundo o delegado que investiga o crime, Ricardo Teixeira (40ª DP), Marcelo é irmão de um dos policiais militares presos na sexta (22), pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), acusados de chefiar uma milícia - paramilitares que cobram por suposta segurança - na favela da Palmeirinha, em Guadalupe, também no subúrbio.
Marcelo foi enterrado ainda nesta tarde, no cemitério de Irajá, também no subúrbio. O delegado informou que o irmão da vítima preso, Marcos Gregório da Silva, compareceu ao sepultamento, um direito previsto na lei.

“Nós vamos investigar quem cometeu o crime, mas temos informações de que seriam traficantes que foram expulsos pela milícia em 2006 e agora, que alguns dos que seriam chefes (da milícia) foram presos, querem voltar a controlar o local”, informou o delegado.Marcelo trabalhava como garçom e seria morador da favela Jorge Turco, local distante da Palmeirinha. O delegado suspeita que ele estava na área para ver a namorada, que seria moradora da comunidade.

Outra vítima não foi identificada
A outra vítima que também foi encontrada no carro não pôde ser identificada. “O corpo dela estava totalmente carbonizado e estamos investigando se a vítima seria Josefa Helena do Nascimento, que desapareceu junto com Marcelo. Estamos procurando a irmã dela para que possamos comparar em exame de DNA, mas ela saiu da comunidade e não conseguimos encontrá-la”, disse Ricardo, que também informou que o clima na comunidade nesta segunda é de medo.

Polícia confirma 4 PMs mortos em 8 dias na Baixada

Polícia confirma 4 PMs mortos em 8 dias na Baixada
Dois policiais trabalhavam no 15° BPM (Duque de Caxias).Todas as vítimas foram mortas a tiros.
Do G1, no Rio entre em contato
ALTERA OTAMANHO DA LETRA
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» PM é morto a tiros em assalto na Baixada Fluminense
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A assessoria de imprensa da Polícia Militar do Rio confirmou, nesta segunda-feira (25), que quatro policiais militares foram mortos na Baixada Fluminense nos últimos oito dias.


Dia 24
Um policial militar foi morto a tiros durante um assalto na noite de domingo (24) na Rua Lauro Muller, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. As informações são do 15º BPM (Duque de Caxias), onde o policial trabalhava.
Segundo a polícia, o soldado Robson Lessa Carvalho estava em seu carro quando foi abordado por criminosos. A polícia acredita que ele tenha tentando fugir, mas acabou sendo baleado pelos criminosos. Os suspeitos fugiram levando o carro da vítima.
Policiais do 15º BPM e agentes do serviço reservado do batalhão de Mesquita, responsável pela área, fazem buscas no local para tentar localizar os criminosos. Mas ninguém ainda foi preso. O caso foi registrado na 58ª DP (Posse).

Dia 20
Na quarta-feira (20), O 3º sargento do 15º BPM (Caxias), Alexandre Dário Nascimento, foi morto a tiros quando estava num Fiat Stilo de cor preta, próximo ao Viaduto do Posto 13, em Jardim Margarida, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O caso foi registrado na 58ª DP (Posse).

Dia 18
No dia 18, o PM Jailson Correa de Oliveira, 45 anos, foi assassinado quando saía do plantão no Hospital municipal de Duque de Caxias. Segundo a polícia, a vítima foi atingida enquanto lanchava em um bar próximo ao hospital. O policial morreu no local. A assessoria da PM não soube informar quantos criminosos participaram da ação. O caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias).

Dia 17
O cabo da Polícia Militar Carlos Henrique dos Santos, 32 anos, do 39ª BPM (Belford Roxo), foi morto a tiros por suspeitos em uma moto e um carro no final da noite de domingo (17) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo a polícia, o cabo tinha acabado de sair de carro do batalhão quando foi abordado pelos suspeitos, que estavam em um veículo e uma moto. De acordo com testemunhas, a vítima ainda tentou fugir, mas foi atingida por vários disparos e morreu no local. O caso está na 60ª DP (Campos Elíseos).

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Morre a crítica de TV Maria Helena Dutra

Rio - Morreu nesta quinta, de câncer, aos 70 anos, no Hospital São Carlos, a crítica de TV de O DIA Maria Helena Dutra (foto). Seu corpo será enterrado hoje, às 11h, no cemitério São João Batista, em Botafogo. Jornalista carioca, Maria Helena Braga de Araújo, seu nome verdadeiro, mudou-se para São Paulo na época da criação da revista ‘Veja’, em 1968, onde se tornou a crítica mais temida do País.
Nos anos 70, passou também pela revista ‘IstoÉ’ e voltou ao Rio para trabalhar no ‘Jornal do Brasil’, onde fazia críticas de shows e televisão, comentando os trabalhos dos nomes mais importantes da música brasileira.
Em 1978, ao falar sobre o disco ‘Muito’, de Caetano Veloso, foi chamada de “patrulheira” pelo cantor, entre outros jornalistas. Nessa época, também escreveu para a extinta revista ‘Visão’, de São Paulo, e comandou um programa de variedades na TVE, com quadros de gastronomia, música e teatro. Em 1987, mudou-se para o jornal O DIA, onde começou fazendo críticas de shows e assumiu a de TV, que era de Artur da Távola e foi publicada até a semana passada. Era conhecida pelo texto ácido, sem meias-palavras.
“Maria Helena adorava Gonzaguinha, deu a maior força para a carreira dele. Pode-se dizer que eles se tornaram amigos”, lembra a também crítica musical Diana Aragão. “Ela gostava de samba e era salgueirense doente. Mas era eclética: também gostava de música americana e ópera”, conta. O também jornalista Carlos Lemos, amigo de infância de Maria Helena, relembra com saudade. “Ela era muito rigorosa como crítica, rigorosa consigo mesma, uma pessoa muito firme”, resume.

Dançarina do 'Créu', com 119 cm de quadril, vira nova estrela do funk

Rio - Andressa Soares está tirando os homens — e até as mulheres — do sério. De nome, talvez não dê para reconhecer, mas é difícil não ter ouvido falar na ‘Mulher Melancia’, voluptuosa dançarina que acompanha o MC Créu no hit do verão. A carioca de Jacarepaguá e 119cm de quadril é a mais nova herdeira da dinastia de Rita Cadillac, Gretchen e Carla Perez.
Desde que apareceu no DVD ‘Tsunami II’ dançando na velocidade 5 do ‘Créu’, a morena de 20 anos não teve mais sossego. “Os shows do fim de semana, em Belo Horizonte, foram os mais loucos da minha vida. Um fã apertou tanto meu braço para fazer uma foto que estou toda roxa. Também rasgaram meu short e me deixaram só de calcinha na saída do palco”, espanta-se ela.
A moça divide a opinião da classe feminina. “Muitas mulheres falam mal quando me vêem. Dizem que eu não sou isso tudo. Mas em um show na Barra, uma menina ficou me apalpando enquanto eu dançava, dizendo que era para conferir se eu tinha tudo durinho”, revela. Os episódios bizarros não a intimidam. “Tenho a cabeça boa. Me divirto com o assédio. Eu gosto de ser assim”, festeja a jovem, que nasceu ‘assim’ graças a sua mãe, Carmen Soares. “Sou igualzinha a ela. Todas as mulheres da família têm o quadril largo”, conta.
Para mantê-lo em forma, ela capricha na musculação. Já o requebrado, Andressa conseguiu nas aulas de dança de salão, que pratica desde os 5 anos. Se hoje está feliz com seus 69 kg, Andressa já ostentou mais quilinhos do que gostaria. “Fui gordinha e comecei a malhar cedo. Atraía olhares na adolescência, mas nunca tive complexo. Por que teria, se minhas amigas queriam ser igual a mim?”, questiona.

Polícia chegou a Tuchinha através de sua mulher

Esposa do suposto traficante foi investigada até viajar para Aracaju (Sergipe). Tuchinha ficará preso na Penitenciária Bangu 1.

Cláudia Loureiro Do G1, no Rio

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O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o superintendente da Polícia Federal no Rio, Valdinho Jacinto Caetano, afirmaram neste sábado (23) que conseguiram localizar o suposto traficante Tuchinha por meio de sua mulher.

“Entendemos que vigiando a sua esposa poderíamos chegar até ele (Tuchinha)”, disse Beltrame, na tarde deste sábado durante coletiva realizada na sede da Polícia federal, no Centro do Rio.O traficante Francisco Testas Monteiro, o Tuchinha, foi preso esta manhã, numa praia de Aracaju, em Sergipe, nordeste do país, por policiais da Divisão Anti-Sequestro (DAS) do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia Federal de três estados.
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Segundo o secretário, investigações da polícia informavam que a mulher do suspeito estava em São Paulo e, de lá, seguiu para Aracaju para se encontrar com o marido.
Tuchinha desembarcou no Rio na tarde deste sábado no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. De lá, foi encaminhado para a sede da PF, onde presta depoimento, e depois será transferido para o Presídio de Segurança Máxima Bangu 1.
Mandado de prisão
Segundo o superintendente da PF, havia um mandado de prisão da Justiça estadual do Rio desde dezembro de 2007 contra Tuchinha.
Beltrame disse que não foi confirmado o suposto seqüestro que Tuchinha teria sofrido. “Isso foi investigado e não se chegou à autoria”. O secretário declarou ainda que espera, com esta prisão, conseguir elucidar outros crimes. A polícia confirmou que o suspeito estava em uma casa em Aracaju, alugada em seu próprio nome. No entanto, ainda não há informações se ele chegou ao local antes do carnaval. Na casa foram encontrados documentos e apreendidos dois carros. O secretário afirmou que não há nada até o momento contra a mulher do suposto traficante.
Trabalho em conjunto
O superintendente da PF ressaltou a importância do trabalho em conjunto entre a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Federal. “Essa é a forma de trabalhar. Essa sinergia proporciona a prisão de criminosos”, disse. Beltrame ressaltou que a luta contra a criminalidade não se vence sozinha. “Nós temos tido o apoio da Polícia Federal, da Marinha, da Receita Federal, da Guarda Municipal e de outras instituições públicas na luta contra a criminalidade. É assim que pretendemos combater a criminalidade”, disse.
Preso em Aracaju
O traficante Francisco Testas Monteiro, o Tuchinha, foi preso na manhã deste sábado (23), numa praia de Aracaju, em Sergipe. Segundo o delegado Fernando Moraes, a operação teve a participação de agentes federais de São Paulo, Rio de Janeiro e de Sergipe. Tuchinha é apontado como chefe do tráfico de drogas no Morro da Mangueira, Zona Norte do Rio. Ele estava em liberdade condicional até outubro do ano passado, mas, segundo a polícia, Tuchinha continuaria comandando os pontos de venda de drogas. O suspeito foi um dos autores do samba-enredo da Mangueira no último carnaval e, ainda segundo investigações policiais, estaria usando também um camarote da quadra.
Com a ajuda de escutas telefônicas, a polícia gravou uma conversa de Tuchinha no dia 13 de outubro do ano passado em que ele demonstra ter livre acesso à quadra da escola de samba.

BOPE QUER DISPUTAR CAMPEONATO DE RÚGBI

Há um ano, esporte foi incluído na rotina de treinamentos de força do batalhão. Bope vai dar palestras de motivação para jogadores da seleção de rúgbi.

Do G1, no Rio


Alice Assumpção / G1

Preparador físico do Bope mostra 'Agressividade controlada', um dos 10 mandamentos do batalhão. Veja galeria de fotos (Foto: Alice Assumpção / G1)
O Batalhão de Operações Especiais da PM, o Bope, pretende montar um time de rúgbi - esporte jogado com os pés e com as mãos que se assemelha ao futebol americano - para disputar campeonato carioca de rúgbi e diversificar a sua rotina de treinamentos.

Veja galeria de fotosNa última quarta-feira (13), o Bope fechou uma parceria com a Associação Brasileira de Rugby (ABR) para que a seleção nacional dê consultoria técnica e tática para o futuro time do batalhão. Em troca, policiais vão se encarregar de dar aulas de motivação e de ‘resistência mental’ aos jogadores da equipe nacional, que, segundo um de seus técnicos, Pierre Paparemborde, precisam se fortalecer psicologicamente para conquistar a inédita classificação para o mundial. O preparador físico do Bope, Jorge Otero, ainda precisa de autorizações do governo estadual para levar o projeto de montar um time adiante, mas já faz planos. Ele pretende selecionar cerca de 150 homens para se revezarem entre os 25 jogadores – reservas e titulares – necessários para formar o time.


Alice Assumpção / G1
Policiais treinam toque de bola. (Foto: Alice Assumpção / G1)
“Vamos precisar treinar muita gente para não prejudicar as operações. Nossa tarefa é proteger a população, não jogar rúgbi”, explica ele.

Comandante deve ser técnico
Segundo Otero, o esporte foi incorporado à bateria de exercícios dos ‘caveiras’ há cerca de um ano, por incentivo do comandante Pinheiro Neto, que é apaixonado pelo esporte e pode até assumir a posição de técnico da futura equipe. A inspiração vem dos trabalhos das forças policiais inglesas e francesas que têm o rúgbi entre os exercícios da rotina de treinamento. Segundo Otero, que leva os policiais para jogar nas praias do Flamengo e do Leme a cada quinze dias, o esporte tem muitas semelhanças com o trabalho desenvolvido pelo batalhão. “Em nosso quadro de trabalhos mensal temos previsto exercícios de força, praticados na água e em escadarias, por exemplo. O rúgbi, até o momento, é somente uma forma de fazer os policiais trabalharem na areia fofa", diz o preparador sobre a experiência ainda recente do Bope com o esporte.


Alice Assumpção / G1
Bope pretende federar alguns de seus homens. (Foto: Alice Assumpção / G1)
"O rúgbi, no entanto, tem tudo a ver com o trabalho do Bope, pois envolve ganho de terreno, é praticado em equipe e exige espírito de corpo e coragem, assim como nossas ações em favelas. Estamos começando um namoro para levar essa experiência adiante e formar um time”, completa ele.

Allblack brasileiro
A equipe do Bope ainda não está montada, mas já tem uniforme: os técnicos da seleção brasileira, Pierre Paparemborde e Nei Vasconcelos, mandaram fazer uma camisa preta com o símbolo do batalhão e deve entregá-la aos policias quando vier ao Rio em março. “Vamos formar o Allblack brasileiro”, diz o treinador ao comparar os policiais do Bope, que usam farda preta, com o melhor time de rúgbi do mundo, o neozelandês Allblack, ou em português, "tudo negro". Para Pierre, os homens do Bope já estão fisicamente preparados para entrar num campeonato. “Pela parte física, até se o jogo fosse em uma semana, eles estariam bem para entrar em campo. É claro que, na parte técnica, eles ainda precisam melhorar”

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O rúgbi
Praticado em mais de 120 países, o rúgbi é o esporte preferido de australianos e neozolandeses. 30 homens – 15 de cada lado – jogam sem posições fixas num campo de, no máximo, 144 x 70 metros, com o objetivo de pôr uma bola oval no “in goal”, que, como no futebol, fica numa área demarcada logo após a linha do final do campo adversário.

Grupo atira contra cabine da PM e fere 3

Segundo a 22ª DP, vítimas trabalham numa pastelaria que fica em frente à cabine.Mais cedo, um carro do 16º BPM foi alvejado no Viaduto Cosme e Damião.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo


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Três funcionários de uma pastelaria foram baleados, na manhã deste sábado (23), durante um ataque criminoso na Penha, no subúrbio do Rio. Segundo a 22ª DP (Penha), que investiga o caso, homens armados em um carro atiraram contra uma cabine da PM no Largo da Penha. As vítimas, que aguardavam a pastelaria abrir, acabaram atingidas pelos disparos. Antes, o bando atirara contra uma patrulha da PM. Nenhum policial ficou ferido. Os feridos foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Marinaldo da Silva Bento, de 33 anos, levou um tiro no abdômen e continua internado, mas passa bem. Atingidos no pé, Raimundo Renato Duarte, 26 anos, e Leonardo Nascimento da Silva, 22, já foram liberados. Policiais da 22ª DP disseram que, minutos antes, um carro do 16º BPM (Olaria) foi atacado pelo mesmo grupo de criminosos no Viaduto Cosme e Damião, em Ramos, também subúrbio. Segundo a polícia, os suspeitos emparelharam com a viatura, dispararam contra os policiais e fugiram. Ninguém ficou ferido. O caso foi registrado na 22ª DP (Penha).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Rapaz tenta evitar assalto em casa e é morto por bandidos em Piratininga

Rapaz tenta evitar assalto em casa e é morto por bandidos em Piratininga
Marcelo Bastos
Rio - Pablo Taixeira Cardenos, de 22 anos, foi morto a tiros por bandidos que invadiram a casa onde ele morava com os pais, na Rua 417, do condomínio Cafubá, em Piratininga, Niterói, Região Metropolitana.
O pai do rapaz saía de casa em um Fiat Uno para ir ao trabalho, por volta das 6h, quando foi rendido por três homens armados - dois menores de idade. Os criminosos entraram na casa e o jovem se atracou com um deles, mas outro comparsa estava armado e atirou, acertando o pescoço do rapaz.
Depois do assassinato, os ladrões roubaram um DVD e quadros pintandos pela dona da casa, que foram colocados no carro da família. Durante a manhã, a polícia fez buscas nas redondezas e apreendeu os dois menores, que apontaram o endereço do terceiro cúmplice. Mas ele havia fugido. O registro do caso foi feito na 81ª DP (Itaipu).


Fonte: O DIA ON LINE

Morre aos 76 anos o ator Rubens de Falco

Ele estava internado havia dois anos em clínica em São Paulo.Seu personagem célebre foi o vilão Leôncio, da novela 'Escrava Isaura', de 1976.

Do G1, em São Paulo

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Morreu na manhã desta sexta-feira (22), aos 76 anos, o ator Rubens de Falco, conhecido por ter interpretado o personagem Leôncio na novela "Escrava Isaura", de 1976.

Corpo do ator deve deixar velório às 16h

Reveja vídeos do ator Rubens de Falco em cena

O G1 já viu: saiba mais sobre o último e ainda inédito filme do ator


O ator sofreu uma parada cardíaca, provocada por uma embolia. Ele estava internado no Centro Integrado de Atendimento ao Idoso (CIAI), no Morumbi, em São Paulo - mesmo local onde, cerca de dois anos atrás, foi hospitalizado para tratar de problemas decorrentes de um derrame.

O velório do ator ocorrerá no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, e o enterro, no Cemitério da Consolação, marcado inicialmente para as 16h. Ele era solteiro e não tinha filhos.

Carreira
Paulistano, Falco nasceu no dia 19 de outubro de 1931. Estreou em novelas em 1961, em "Maria Antonieta". Ele trabalhou na primeira versão da novela "Escrava Isaura" (1976), onde ficou consagrado como Leôncio Almeida, que marcou o ator como "o grande vilão da teledramaturgia brasileira", nas palavras da atriz Lucélia Santos, que viveu a personagen título da novela (veja cena acima).


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Outro papel de destaque foi em "Sinhá Moça" (1986), em que viveu o Coronel Ferreira. Benedito Ruy Barbosa, que autor a novela, definiu o ator como um ótimo profissional. "Ele jamais me deu qualquer tipo de problema, sempre foi muito profissional, competente, ciente das suas responsabilidades e ia gravar com as falas na ponta da língua. Lamento profundamente a morte dele", disse o novelista.

Falco trabalhou na segunda versão de "Escrava Isaura", na Rede Record, em 2004, no papel de Comendador Almeida, justamente o pai de Leôncio Almeida. Participou também de "Brida", baseada na obra de Paulo Coelho, pela extinta TV Manchete.

Ao longo da carreira, ele autuou na redes de televisão Tupi, Excelsior, Bandeirantes, SBT e Record, além da Globo. No total, foram mais de 20 novelas e quatro minisséries - a última foi "Memorial de Maria Moura" (1994).



Divulgação
Rubens de Falco, como Ernesto Alves, em cena do filme 'Fim da linha' (Foto: Divulgação)
No cinema, Rubens de Falco participou de mais de 30 filmes. Seu primeiro papel no cinema foi "Apassionata", de Fernando de Barros, em 1952. O último trabalho foi como o deputado Ernesto Alves em "Fim da linha", longa-metragem de Gustavo Steinberg que vai estrear nos cinemas no próximo dia 7 de março. "“É uma honra saber que o Rubens de Falco vai continuar na memória como o deputado Ernesto Alves. Sou um pouco suspeito, mas, para mim, foi um dos grandes papéis da vida dele", afirmou Steinberg.

Enterrado corpo de Oswaldo Louzada

Enterrado corpo de Oswaldo Louzada
Causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado no Hospital Copa D’Or, na Zona Sul.
Do G1. no Rio

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O corpo do ator Oswaldo Louzada foi enterrado na tarde desta sexta-feira (22) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Segundo informações do cemitério, o enterro começou por volta de 17h.

O ator morreu aos 95 anos de falência múltipla dos órgãos na madrugada desta sexta-feira (22) no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde estava internado em decorrência de uma pneumonia.

Carreira
Nascido em 1912 no Rio, Louzada foi para São Paulo em 1944 quando, sob direção de Oduvaldo Viana, fez parte do elenco de rádio-teatro da Rádio Panamericana. Nesse mesmo ano, o ator fez os filmes “Gente honesta” e “É proibido sonhar”.

Oswaldo Louzada participou de várias novelas, entre elas, "Mulheres apaixonadas", onde interpretava o personagem Leopoldo, que era maltratado pela neta interpretada por Regiane Alves. Em entrevista ao G1, a atriz comentou que tinha com Louzada, na vida real, uma relação "de avô e neta". “Claro que eu fico muito triste, mas ao lembrar dos bons momentos, a alegria me invade. E prefiro ficar feliz”, disse Regiane por telefone logo após deixar o velório do ator.

Manoel Carlos, autor de "Mulheres apaixonadas", também lamentou a perda: "Lembro, com saudade e profunda gratidão, a emoção que ele transmitiu ao Brasil inteiro, como o avô da minha novela ‘Mulheres Apaixonadas’".

Louzada trabalhou também nas novelas 'Estúpido cupido' (1976), 'Locomotivas' (1977), 'Uga uga' (2000), 'Cara e coroa' (1995) e' Vamp' (1991); no programa 'Sob nova direção'; nas minisséries 'O Tempo e o vento' (1985) e 'O primo Basílio' (1988), entre outros.

Exército nega blindados em apoio às obras do PAC

Decisão foi tomada com base na Constituição do país, diz Beltrame.Secretário anuncia nome do novo presidente do Instituto de Segurança Pública.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, informou que o Exército, através do Comando Militar do Leste, negou ao governo do Estado o empréstimo de 20 urutus que seriam utilizados durante as obras do PAC nas favelas. Com isso, o transporte das tropas de policiais, assim como de alimentos e de logística, será feito pelos 12 blindados da polícia, que estão sendo reformados pela Marinha.
"A condição para o Exército emprestar os urutus era que eles fossem operados por militares. Mas os operadores, pela Constituição, só poderiam trabalhar em operações militares. Eles não poderiam ser usados por policiais. Por isso, o pedido foi negado", explicou Beltrame.
Beltrame anunciou também que o tenente-coronel Mário Sérgio Duarte será o novo presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP). Ele substituirá a antropóloga Ana Paula Mirada.

Ajuda da Marinha
Para que as tropas entrem e saiam dos locais de obras com segurança, os 12 blindados da polícia estão sendo reformados pela Marinha. Quatro veículos já estão prontos e outro dois estarão sendo levados para manutenção na próxima semana. Beltrame acredita que até o início das obras, marcado para 7 de março, todos os veículos estejam prontos para serem usados. O secretário informou ainda que outros blindados serão comprados de uma empresa de São Paulo e que, posteriormente, o governo do estado comprará um blindado israelense ou russo, que seria mais eficiente. A empresa nacional se comprometeu a entregar os veículos em 30 dias. O blindado estrangeiro só chegaria em seis meses. "Vamos adquirir esse blindado estrangeiro depois. Já compramos um helicóptero blindado, que deverá chegar em julho. Em abril, um grupo de policiais irá para os Estados Unidos para fazer cursos de pilotagem e manutenção deste novo equipamento.

Mudança no ISP
Beltrame também anunciou mudanças no Instituto de Segurança Pública (ISP). Além da saída da atual diretoria, ele disse que pretende que o ISP seja mais pró-ativo. Ou seja, que além de fornecer dados estatísticos, ofereça análises criminais ao comandantes de batalhões para nortear as operações. "Precisamos de informações gerenciais e não apenas de dados frios, estatísticos. Esperamos que em 2008 não haja atraso na divulgação dos dados e garanto que a transparência será mantida e poderá até melhorar", disse o secretário.

Promoções na PM
O subsecretário de inteligência Edval Novaes aproveitou também para esclarecer dados sobre o projeto de lei encaminhado na quarta-feira (20) para votação na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), que prevê a oxigenação na Polícia Militar. A proposta prevê uma redução média de dois anos para a promoção dos PMs às patentes de coronel. Desta forma, os oficiais chegarão ao posto máximo mais novos e haverá mobilidade nas promoções. Também foi publicado decreto que muda o estatuto da PM para o quadro de acesso a coronel. Segundo Novaes, isso dá mais mobilidade ao quadro e serve de incentivo aos policiais, que passavam anos com a mesma patente, sem perspectiva de promoção. "Com o decreto, o quadro de acesso foi ampliado de 50 para cem tenentes-coronéis. Do quadro, que antes tinha dois nomes escolhidos pelo governador, agora constarão cinco nomes. Desta forma, a promoção será agilizada. A expectativa é de que até dezembro de 2009, 32 coronéis sejam aposentados e outros 29 novos coronéis sejam nomeados", explicou o subsecretário.

Sobe para 13 número de mortos por dengue no Rio de Janeiro

Ministro da Saúde se diz estarrecido com dificuldade de trabalho para mata-mosquitos.Números mostram redução em todo o país, mas avanço da doença no Rio.
Aluizio Freire Do G1, no Rio

Ricardo Leoni(Ag.OGlobo)
Governador e ministro da Saúde anunciam pacote contra a dengue. (Foto: Ricardo Leoni Ag.OGlobo)

A Secretaria Municipal de Saúde informou, nesta sexta-feira (22), que já foram confirmadas 13 mortes provocadas pela dengue no estado – 12 casos no município do Rio e um em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No país, o total chega a 17 óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde. Durante entrevista para apresentar os dados sobre a doença, no Palácio das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, o ministro da Saúde, José Ramos Temporão, ao lado do governador, Sérgio Cabral, disse que uma das maiores preocupações é a dificuldade de acesso dos agentes às casas das pessoas.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde, 38% dos domicílios no Rio não são acessíveis pelos mata-mosquitos. Os dados também apontam que 80% dos criadouros estão em ambiente familiar dos centros urbanos. “É um disparate que numa cidade como o Rio as pessoas se recusem a deixar o agente entrar”, afirmou Temporão.

Novo vírus
Ele também se mostrou preocupado com a ameaça de um novo vírus da doença que está circulando no estado: a do tipo 2, causador da epidemia de 2000. “A situação no Rio preocupa devido a esse caso específico. Para esse tipo, quem tem até 14 anos e nunca teve contato com o vírus está sem proteção”, afirmou.
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O ministro apoiou a decisão do governador, que mandou projeto de lei para a Assembléia Legislativa (Alerj) a fim de multar quem não permitir a entrada dos agentes nas residências ou estabelecimentos comerciais. De acordo com a mensagem, o infrator está sujeito a multa entre R$ 200 e R$ 2 mil, no caso de residências, e de R$ 2 mil a R$ 20 mil para empresas e lojas comerciais. Numa situação mais grave, a multa pode chegar até a R$ 200 mil.Temporão lembrou que a dengue afeta o mundo inteiro. “São 100 milhões de casos por ano em todo o mundo. No Brasil, são 500 mil. Numa hipótese otimista, talvez daqui a cinco anos tenhamos a vacina. Por enquanto, o jeito é persistir com as campanhas de esclarecimentos e contar com a colaboração de todos. Estamos diante de um problema de saúde pública que não depende só do governo”, alertou. De acordo com a avaliação do Ministério da Saúde, foram notificados 32.122 casos de dengue nas primeiras cinco semanas de 2008, contra 53.224 registrados no mesmo período do ano passado, o que representa queda de 39,65%.

Aumento de casos no Rio
Os dados demonstram uma redução significativa no número de casos nas primeiras cinco semanas de 2008, quando comparado com o mesmo período de 2007. Ao contrário do índice nacional, o estado do Rio de Janeiro registrou aumento de 117,42% no número de casos no período analisado. No estado ocorreram 8.486 casos nas primeiras cinco semanas de 2008, o que corresponde a 16% dos casos do país. Ainda de acordo com a primeira avaliação da dengue este ano, não existe nenhum estado com relato de epidemias de grande magnitude, como o ocorrido em janeiro de 2007, quando o Estado de Mato Grosso do Sul já havia notificado praticamente 20.000 casos. A região Centro-Oeste foi a que registrou o maior percentual de queda (81,12%), seguida do Nordeste (26,55%), do Sul (25,51%) e do Sudeste (5,46%). A região Norte apresenta tendência de aumento, com uma elevação de 54,57% dos casos em 2008 em relação ao mesmo período de 2007. Santa Catarina continua sem transmissão local da doença. Todos os casos notificados no estado são importados, ou seja, de pessoas que já chegaram a Santa Catarina infectadas.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Governador usa batalhão do PAC para mandar mensagens à PM

Solenidade reuniu toda a cúpula de segurança do estado e outras autoridades. Sérgio Cabral ressalta que não abrirá mão da lei e da ordem.
Aluizio Freire Do G1, no Rio

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A solenidade de troca de comando na tarde desta segunda-feira (11), no 16º BPM (Olaria), no subúrbio do Rio, serviu também para que o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, mandassem recados ao grupo de policiais que desencadeou uma crise de insubordinação na Polícia Militar.

O evento contou pela primeira vez com a presença de toda cúpula de segurança, ao contrário do dia 28 de janeiro, quando o novo comandante-geral, coronel Gilson Pitta Lopes, teve sua posse antecipada em 24 horas e assumiu o cargo a portas fechadas, e não diante das tropas, como manda a tradição. O secretário, considerado “persona non grata” pelo grupo de policiais militares auto-intitulados Coronéis Barbonos, que reivindica aumento salarial e melhores condições de trabalho, fez um discurso incisivo. “O caminho da segurança pública é espinhoso ou simplista e falacioso, como preferem alguns que fazem escolhas equivocadas e se perdem na pequenez de seus pensamentos”, disse. “A PM é uma instituição que vive um momento de mudanças. E a sociedade quer isso”, acrescentou.

Parceria com a Marinha
Beltrame também fez questão de enfatizar algumas conquistas para a corporação, como a compra de 630 veículos novos e a parceria fechada com a Marinha, que vai garantir a reforma dos carros blindados – os chamados Caveirões – e a cessão de 500 fuzis e 1 mil carregadores da arma. “Nosso objetivo é recuperar a auto-estima dos senhores investindo na formação e capacitação. Este secretário é um aliado de vocês. Em nome da ordem e da legalidade, vamos continuar juntos”, convocou. Em seguida, foi a vez do governador, que usou sua experiência de homem público para estimular a tropa e exaltar as qualidades da corporação. “A PM é uma instituição que o povo admira quando cumpre o seu papel. Mas lei e ordem não são sinônimos de arbítrio”, se referindo à ocupação desordenada de comunidades como o conjunto de favelas do Alemão e o domínio dessas áreas pelo tráfico. “É uma coisa perniciosa que toleraram, mas nós não vamos tolerar”.

Governador minimiza crise
Cabral, negando crise na PM, afirmou ainda que o Alemão vai passar por um “marco civilizatório” com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos de mais de R$ 400 milhões. “Essa comunidade vai ganhar escolas, saneamento, pavimentação... Vai ganhar feições de uma cidade. Mas a prioridade é a política de segurança pública”, garantiu. O coronel Marcus Jardim, que deixou o 16º BPM para assumir o 1º Comando de Área da Capital, e coordenou as principais operações de combate ao tráfico no Alemão e Vila Cruzeiro, ressaltou que as comunidades fazem parte de um “terreno difícil, com a presença de marginais fortemente armados. É ali que está a mancha da criminalidade”, disse. “Infelizmente essas pessoas não se rendem de forma pacífica. Mas vamos trabalhar com inteligência para evitar ferir pessoas inocentes”.

Provérbios e frases de efeito
A solenidade no batalhão de Olaria contou com a presença de oficiais que estão à frente das unidades militares da capital, além de ex-comandantes da Polícia Militar, como os coronéis Francisco Braz e Hudson Aguiar, dos secretários de Obras, Luiz Fernando Pezão, e da Casa Civil, Régis Fichtner. O batalhão não parece ter se tornado cenário casual do evento, que foi marcado por mensagens de confiança e de resgate da auto-estima da corporação. Por todos os lados havia provérbios "inspiradores" pintados nas paredes. “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme”; “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”; ou “Postos e graduações existem nas instituições não para criar divisões, mas sim para definir responsabilidades”, eram alguns deles.

Barbonos voltam a se reunir
O grupo de oficiais da Polícia Militar, denominados Barbonos, voltou a se reunir na noite de segunda-feira (11) na Associação dos Oficiais Militares do Estado do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do coronel Ubiratan Ângelo, ex-comandante-geral da PM, e do coronel Paulo Ricardo Paúl, ex-corregedor-geral da PM.
Na reunião foram discutidos diversos assuntos, dentre eles a reavaliação da exoneração de Ubiratan e a realização de uma manifestação na Praia de Ipanema.

700 pessoas participam de protesto da PM na Zona Sul

Essa é a 2ª manifestação por melhores salários. Primeira passeata serviu de estopim para exoneração de oficiais.
Alícia Uchôa Do G1, no Rio

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“Que produção se espera de um policial que ganha R$ 30 por dia”. Foi com cartazes e camisetas com frases de protesto como esta que cerca de 700 pessoas percorreram a orla de Ipanema ao Leblon, na Zona Sul carioca, na manhã deste domingo (17). Entre elas, policiais militares, bombeiros e seus familiares. Reivindicando equiparação salarial com a polícia civil, o grupo teve nessa segunda manifestação o apoio de quatro Organizações Não-Governamentais. “Isso é a sociedade aderindo ao movimento”, disse o coronel Paulo Ricardo Paúl, ex-corregedor geral da PM, exonerado no mês passado. A primeira passeata, ocorrida em janeiro, serviu de estopim para a exoneração de oficiais, entre eles o ex-comandante geral da PM, Ubiratan Ângelo. Desta vez, segundo a organização, uma orientação superior desencorajava praças e oficiais, inclusive comandantes de batalhões, a não participarem do evento. De acordo com os organizadores, isso pode ter diminuído a presença de policiais em até 30%.

“Os policiais e bombeiros que estão aqui estão de folga, desarmados e sem farda. O estatuto da PM não pode proibir uma coisa que a Constituição permite, que é exercer nossa cidadania”, diz Paúl.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Operação para reprimir roubo de cargas prende policial militar

Operação para reprimir roubo de cargas prende policial militar
Dez suspeitos já foram presos. Segundo a polícia, quadrilha atua há 3 anos e já causou prejuízo de R$ 8 milhões.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

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Um policial militar do 16º BPM (Olaria) está entre os dez presos em uma operação da Polícia Federal da delegacia em Niterói para reprimir o roubo de cargas deflagrada nesta quarta-feira (13). Três pessoas estão foragidas.

O objetivo da polícia é também tentar desarticular uma quadrilha que atua em Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, e em Maricá, na Região dos Lagos.

Os presos atuavam em postos de gasolina na BR-101 e RJ-104 que serviam de parada para caminhões de carga. Lá eles selecionavam os veículos que teriam suas cargas roubadas.

Os suspeitos estão presos na delegacia de Niterói e serão levados para a Polinter.

R$ 8 milhões
Segundo o delegado Victor Hugo Popell, há indícios que supermercados estejam receptando mercadorias roubadas para venda. O prejuízo para as empresas, segundo ele, chega a R$ 8 milhões e a quadrilha atuava há 3 anos.

O delegado informou, ainda, que, ao todo, 160 agentes participam da ação, que tem como objetivo cumprir 13 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão.

Desbloqueador de rastreadores
Um dos presos, Hediney de Mendonça, era especialista em desbloquear rastreadores instalados em caminhões, para que os veículos não pudessem ser encontrados pela polícia. O proprietário de um supermercado foi preso em Itaboraí. O galpão do estabelecimento guardava mercadorias que não tinham procedência confirmada através de notas fiscais. Em Alcântara, a PF prendeu outro integrante da quadrilha, em casa. No local foram encontrados munição, toucas ninja, material de papelaria, óleo, gasolina e até uma máquina caça níquel. Nenhuma mercadoria tinha nota. Os policiais acreditam que todos os produtos tenham sido roubados. Motos, carros e até um jet ski foram apreendidos na operação.

Descoberto maior paiol dos últimos 20 anos na Rocinha, diz PM

Armas desmontadas seriam transportadas em mochilas para outras favelas.Um soldado da PM foi baleado e levado para o hospital, mas não corre risco de morrer.
Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

Foram apreendidos fuzis, escopetas, pistolas, revólveres, granadas e silenciador (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)


Em operação policial realizada entre 11h e 15h desta quinta-feira (13), na favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, policiais do 23º. BPM (Leblon) desmontaram um paiol de armas usados pelos traficantes. Segundo o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, esta foi a maior apreensão de armas realizada desde 2007, e de acordo com o comandante do batalhão, coronel Carlos Milan, a maior realizada pelo 23º. nos últimos 20 anos.Numa casa na localidade conhecida como Raiz, policiais encontraram dez fuzis, seis escopetas, dez pistolas, seis revólveres, uma granada, um silenciador, farta quantidade de munição, várias armas desmontadas e material para limpeza, como acetona e ácido sulfúrico, além de dois pacotes de cocaína."Foi um golpe bastante forte para o tráfico. Com essa apreensão comprovamos que os traficantes estão desmontando as armas e as transportando em partes em mochilas, até de crianças, para outras favelas", disse Beltrame, que veio direto de Sulacap, na Zona Oeste, onde participara da solenidade de mais de 600 novas viaturas para a PM.

Troca de tiros


Cerca de 40 policiais do Grupamento de Ação Tática (GAT) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) participaram da operação. Na chegada da guarnição do GAT à favela, houve troca de tiros com os traficantes. Um policial, o soldado Carlos Eduardo Virgílio, foi atingido por um tiro de fuzil no queixo. Ele foi socorrido inicialmente no Hospital Miguel Couto e depois tranferido para o Hospital Central da PM. Segundo o coronel Milan, o policial está fora de perigo.O coronel explicou ainda que, graças ao trabalho da inteligência, investigava por dois meses denúncias sobre a existência de um depósito de armas. Assim foi possível chegar ao local exato usado pelos traficantes sem colocar em risco a vida da população. O coronel contou ainda que ao chegar perto do paiol, os policiais chegaram a ser encurralados pelos traficantes, sendo necessário pedir o apoio do Bope, que entrou na Rocinha com um caveirão."Sempre que recebermos denúncias desse tipo, vamos investigar e agir com inteligência, de forma pontual e profissional. Fizemos a operação no momento que sabíamos que os traficantes estariam na casa e que não haveria riscos maiores para a população. Com ações desse tipo, toda a população sai ganhando. Destruindo esse paiol, estamos salvando várias vidas", disse o comandante do 23º. BPM, pouco antes de deixar o quartel para visitar o soldado ferido, no HCPM.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Presos 9 suspeitos de tráfico em Itaboraí

Presos 9 suspeitos de tráfico em Itaboraí
Eles estariam tranformando o sítio onde estavam escondidos em ponto de venda de drogas.Serviço reservado do 35º BPM investigava o grupo havia cerca de dois meses.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

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Policiais do serviço reservado do 35º BPM (Itaboraí) prenderam, na manhã desta segunda-feira (11), nove pessoas suspeitas de traficar drogas num sítio em Cabuçu, localidade afastada do município de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Os suspeitos, segundo a polícia, seriam de fora do município. Havia cerca de dois meses os policiais do 35º BPM investigavam a movimentação do grupo, que estava transformando o sítio num ponto de venda de drogas. Com os suspeitos, que estavam escondidos, foram encontrados um revólver e uma pistola e farta quantidade de cocaína. Os suspeitos não reagiram à prisão. O caso vai ser registrado na 74ª DP (Alcântara).

Viviane Castro tira o tapa-sexo de 4 cm para a 'Playboy'

A polêmica passista da São Clemente posa nua para um pôster da revista masculina
Do EGO, em São Paulo


Montagem
Viviane Castro, a polêmica passista da São Clemente, posa sem tapa-sexo para pôster da 'Playboy'
Viviane Castro, a polêmica passista da São Clemente, vai - finalmente - aparecer como veio ao mundo. E dessa vez sem o famigerado tapa-sexo de 4 centímetros. A morena posou nua para um pôster exclusivo da revista "Playboy", que chega às bancas nesta terça-feira, 12, pelo preço de R$ 2,99.

De acordo com a assessoria da revista, as fotos foram feitas antes da modelo desfilar seminua na Sapucaí. As imagens seriam usadas em outro material, mas depois de todo o bafafá no carnaval eles decidiram antecipar e lançar o pôster especial.

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4 CENTÍMETROS DE MUITA CONFUSÃO
Viviane saiu pela São Clemente no domingo de carnaval com uma fantasia de índia usando apenas um tapa-sexo de 4cm. O minúsculo adereço confundiu o público no sambódromo, levando muita gente a acreditar que a modelo estava, de fato, pelada. A organização do carnaval carioca também julgou que Viviane estava nua e puniu a escola de samba, que acabou sendo rebaixada. Pelo regulamento, ninguém pode desfilar com a genitália desnuda na Sapucaí.

Em entrevista ao "Fantástico", Viviane e seu maquiador mostraram como camuflaram o tapa-sexo com maquiagem gerando a ilusão da nudez.Leia no EGO mais notícias sobre os famosos.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Ubiratan Angelo: 'PM deve ser valorizado'

Ubiratan Angelo: 'PM deve ser valorizado' Ex-comandante exonerado admite que permitiu manifestações salariais da tropa, conta que vereador queria manter polícia longe de Rio das Pedras e revela que, depois de sua saída, não foi procurado pelo governador

Gustavo de Almeida e Vania Cunha

Rio - Quase duas semanas após ser exonerado, o ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ubiratan Angelo, abre a nova casa e os bastidores de seus 13 meses de gestão, numa entrevista exclusiva a O DIA. Na conversa, insiste que a passeata liderada pelo ex-corregedor Paulo Ricardo Paúl não teve relação com sua exoneração. E assume: permitiu duas grandes manifestações feitas por PMs ano passado, embora não tenha autorizado o protesto que teria resultado em sua queda. Longe da farda, à vontade, de chinelos e bermuda, Ubiratan confessa que, pelos ataques de dezembro de 2006, acabou administrando uma polícia para a guerra — mesmo sua formação sendo prioritariamente comunitária. Critica as delegacias de Polícia Civil que concentram flagrantes, lembra histórias curiosas e afirma que teve dificuldades para instalar um grupamento na Favela de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, área dominada por milícias. Sobre a crise dos Barbonos — grupo de oficiais que defende melhoria salarial —, pondera: “Não sou um Barbono, eles se juntaram sem me chamar para nada”.

— Como o senhor recebeu a notícia da exoneração?

— Quando fui escolhido para comandante-geral, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, perguntou: “Estou convidando o senhor para ser o próximo comandante-geral, o senhor aceita?”. Na saída, muito desconcertado, ele disse: “Vou precisar do seu cargo”. Eu respondi: “O cargo é de quem nomeia, secretário. Um dia, entrei aqui coronel PM e saí comandante-geral. Hoje, entro aqui comandante-geral e saio coronel PM. Isto ninguém me tira”.

— Quais os motivos de sua demissão?

— Vou dizer o que eu acho que não tenha sido. Em primeiro lugar, a passeata (27 de janeiro) não tinha sido a primeira e nem a segunda. Depois, ninguém sabe disto, mas o secretário me passou cinco missões no dia seguinte. Se o secretário planejasse me exonerar por isso, não iria me passar cinco missões à tarde. A minha percepção do meu processo de exoneração é a de que vinha sendo construído há um bom tempo. Parecia que alguém ou alguma coisa queria que eu desistisse. Nem se o capitão Nascimento (do filme ‘Tropa de Elite’) me colocasse no saco, eu pediria para sair.

O senhor sempre disse que seu sonho era ser comandante-geral...?

— Exatamente. Desde o dia em que eu disse que queria ser comandante-geral, em 2003, começou o processo. Ficava sabendo de notícias de que não ia assumir, vi coisas acontecendo comigo. Eu não agradava a alguém, só não sabia o motivo. Durante a minha gestão, foi anunciada a minha queda diversas vezes. Dia 15 de janeiro, durante o aniversário de minha filha, fui surpreendido por uma série de comandantes de outros estados me perguntando por que eu havia pedido exoneração. Os parabéns da minha filha sendo cantados e eu dizendo que não pediria demissão. Espalharam estes boatos.

O senhor apoiava o movimento dos Barbonos?

— Nunca fui Barbono. Eles criaram o grupo e me deixaram de fora. Não me excluíram, o objetivo era que eu não participasse. Mas quase todos são contemporâneos de escola. Só que, na posse, disse que lutaria pela dignidade e pelo salário do policial militar. Como iria desautorizar passeatas com esse fim? As duas primeiras passeatas, em junho, realmente autorizei. Não autorizei esta última, mas também não desautorizei. Proibi terminantemente que entrassem na rua do governador.

— E por que não proibiu a manifestação?

— Foi opção minha. O soldado não pode se manifestar à frente do comandante. Eu não teria como falar com todos sobre isso. Já imaginou se consigo evitar que os coronéis comparecessem e deixo os oficiais mais baixos ficarem à frente? Imaginemos que fossem lá tenentes e sargentos sem saber que desautorizei. Quem deveria puni-los? O comandante-geral. Não achei que, naquele momento, fosse justo com eles. O policial precisa ser mais bem tratado, reconhecido.

Mas eles protestaram mesmo assim...?

— É. O policial está sempre garantindo a segurança de milhões de pessoas e não recebe nenhum elogio. O PM sai do serviço depois que acaba a ocorrência. Se tiver uma e a central de flagrantes for longe — tem algumas que ficam a 30, 40 quilômetros do batalhão —, tem que ir. Isso estava na nossa reivindicação: as concentradoras de flagrantes, que fazem com que eu perca capilaridade na rua. Isso existe para economia de recursos da Polícia Civil. E para a PM? É gasto do erário, tempo do policial na rua. — Em sua posse, o senhor falou em três bases: respeito ao PM, proteção do cidadão e potencialização da ética, hierarquia e disciplina.

Conseguiu cumprir?

— Não. Prometi lutar, isso eu cumpri. Prometo aquilo que posso fazer. Mas não por que alguém me impediu, os fatos que aconteceram me obrigaram a fazer outras opções táticas. Não tenha dúvida que o PM é um cidadão, deve ser valorizado.

— Antes mesmo da exoneração do ex-corregedor, a saída dele já era comentada. Por que o senhor o manteve no cargo?

— Eu queria, quando assumi, que o Paúl continuasse corregedor. Mas ele queria ir para a Diretoria de Ensino e Instrução (DEI). Cheguei a pensar para a Corregedoria no coronel Celso Araújo, que comandava o batalhão de Resende. No fim, disse a Paúl para ficar até o fim de 2007, que depois iria para a DEI. Para não cumprir minha palavra, tinha de acontecer algo imponderável. Sair do cargo não é imponderável, um dia iria acontecer. Tenho que me planejar para o que vai acontecer daqui a 10, 20 anos, mesmo sabendo que não estarei lá. A instituição é mais importante que quem está comandando.

Ao assumir, o senhor foi criticado por sua postura de policial cidadão. Essa não era a política para a segurança?

— Há uma diferença entre política, estratégia e tática. As pessoas dizem que a política de segurança pública é uma política de enfrentamento. Mentira, nunca foi. Se fosse, isso teria sido conversado antes de começar o governo. O que a gente mudou foi a tática, que interveio na nossa estratégia.

Mas o senhor assumiu em meio a uma onda de ataques criminosos...?

— Era um cenário diferente. Se houvesse política pré-estabelecida de enfrentamento, eu não seria escolhido comandante-geral. Alguns pretensos especialistas diziam: “Olha, ele é policial comunitário, vai correr frouxo”. Quando aconteceu aquela pancadaria, em 28 de dezembro de 2006, assumi na linha do enfrentamento, e não uma política do enfrentamento. Os episódios de 28 de dezembro provocaram mudanças nas ações, atraso na política de segurança.

Isso mudou os planos?

— No final da linha, não dava. Queria ter implantado novos Gpaes, mas precisava de pessoal na rua para combater os ataques. A implantação requer grande operação, ocupação. Não poderia colocar todo esse aparato. Infelizmente, vou morrer com a dívida dos Gpaes da Babilônia e Chapéu Mangueira.

Houve uma proposta para criar um Gpae em Rio das Pedras que não foi à frente?

— Vou voltar no tempo: antes de o Nadinho (Josinaldo Francisco da Cruz) ser vereador, era o presidente da associação de moradores. Eu era o comandante do Cpae e quis colocar um posto em Rio das Pedras. Quis colocar naquela época. A resposta oficial dele era: “A comunidade acha que não há motivo para um Gpae”. Conversei com membros da comunidade mesmo, mas não me convenceram. Quando assumi o comando-geral, conversei com o secretário e consegui.

— A população cobra ostensividade.É possível prevenir crimes com essa polícia mais cidadão?

— A sociedade mudou e o crime também. As armas pesadas chegaram e a faixa etária dos bandidos diminuiu, o que aumentou muito a violência. E a criminalidade acaba com uma grande operação e uma ocupação. O resultado dessa operação é que vai dizer como será o trabalho depois.

Então a estrutura da polícia não precisa ser somente ostensiva?

— A política não é de truculência. Acaba tendo ações assim para dar resposta. Essa é a diferença de política, estratégia e tática. Tem que entrar, impor a presença da polícia. Vai ser tiro, porrada e bomba? Não sei, vai depender da resposta. A ocupação é para que os criminosos não voltem.

Mas a PM passou dois meses na Vila Cruzeiro, na Penha. Na época, o senhor falava que estava impondo a presença para o Estado fazer sua parte, mas não foi isso que aconteceu...?

— A Vila Cruzeiro é um lugar extremamente violento. Os bandidos tinham tanta certeza de que mandavam ali que davam tiros na comunidade para dizer que foi a polícia. Se a gente sai, eles iriam bater naquele pessoal e os deixariam na lona. Tem gente lá de dentro que me disse: “Olha só, coronel, meu filho está há dois meses sem aula, mas não sai, não. Para chegar à escola, tinha que pedir licença aos traficantes. E hoje, vai pedir ao policial”. Se a criança vir fuzil na mão de um policial, está vendo na mão do poder público. O referencial dele tem que ser o Estado.


Ainda sobre a Vila Cruzeiro, por que foi decidida a ocupação?

— Eu estava num evento de comandantes-gerais em São Paulo quando soube da morte do policial do Bope. Me reuni com vários comandantes e, naquela reunião, foi decidido que a PM iria entrar na Vila Cruzeiro. Perguntei ao Pinheiro Neto, comandante do Bope: “O que é preciso para entrar lá?”. Ele respondeu que era tirar o blindado dele de lá. Tentei ajuda das Forças Armadas, mas quem foi lá tirar o blindado do Bope foram os bombeiros. Um guindaste, com o chefe do Estado-Maior dos bombeiros a bordo, foi lá dentro e tirou o blindado do Bope lá de dentro. Foram duas mortes próximas: a da dupla de policiais onde morreu o menino João Hélio e a do policial do Bope, vítima de um tiro de um daqueles bunkers. A gente tinha que destruir aquela casamata, que permitia ao bandido atirar de longe e protegido!

Sobre o episódio dos PMs que saquearam a carga de cerveja, o senhor considera a punição justa?

— Prendi os policiais na hora, mas ilegalidade é uma coisa, crime é outra. As fotos não são provas, são indícios. E não se pode prender ninguém por indícios. Tem o roubo do caminhão, a recuperação da carga e o registro da recuperação. Foi registrado o roubo? Sim. A carga recuperada? Parte dela sim. E registraram a recuperação?

— Os policiais não registraram a recuperação e a carga da viatura não foi encontrada?

— A RP (radiopatrulha) não foi à delegacia ou os próprios donos da carga não avisaram que foi recuperada? Só o dono pode dizer onde as caixas foram parar. Não ter sido devolvida não significa que foi subtraída. Não estou defendendo os PMs, estou dizendo apenas que não tinha elementos e provas suficientes para concluir o fato. Eu tinha que transformar em Inquérito Policial-Militar para pedir a prisão preventiva dos policiais.

O senhor falou com o governador Sérgio Cabral depois da exoneração?

— Até hoje ele não falou comigo. Houve um dia em que eu chorei de emoção por um ato dele. Cheguei com as propostas de promoções no Palácio Guanabara, tenso porque levava as promoções sozinho. Disse para ele: “Queria pedir ao senhor para antecipar o ato da promoção, mas a contar da data à frente, mas que a publicação saísse antes para facilitar os policiais”. E ele: “Não tenho nada a analisar. Está tudo administrativamente correto? Quem escolhe é a polícia, quero ver como cidadão comum, no Diário Oficial. Onde é que eu assino?”. Foi aí que eu chorei. Eu não esperava! Me pegou de surpresa, ele não viu a lista, o processo saiu de lá na minha mão.
Ele assinou sem olhar.

O senhor guarda alguma mágoa ou tem algum arrependimento?

— Não me arrependo e não guardo mágoa. O cargo pertence a quem nomeia.

Ex-prefeito de Magé é preso

Charles Cozzolino é suspeito de fraudar licitações do município.Ele era procurado por agentes da Operação Uniforme Fantasma.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

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O ex-prefeito de Magé, Charles Cozzolino, foi preso nesta tarde de sábado (9) por policiais do Grupo de Apoio a Promotoria (GAP).

O político é suspeito de fraudar licitações no município, que fica na Baixada Fluminense. Charles também é irmão da atual prefeita de Magé, Núbia Cozzolino e tinha mandado de prisão expedido na Operação Uniforme Fantasma.

Ele está sendo levado para a sede da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), no bairro da Saúde, Zona Portuária.


Protesto
Os moradores e funcionários da Prefeitura de Magé fizeram um protesto contra a corrupção na tarde de sexta-feira (1º) no município. A manifestação aconteceu em frente ao prédio da prefeitura. O ato terminou com uma passeata pelas ruas da cidade.

Visite o site do RJTV

No dia 24 de janeiro, uma operação do Ministério Público prendeu 20 pessoas em Magé e em outros municípios do estado. Segundo o MP, todas são suspeitas de pertencer a uma quadrilha que fraudava licitações e superfaturava equipamentos hospitalares.

Irregularidades
Outra denúncia é sobre irregularidades na folha de pagamento e a contratação de funcionários fantasmas. Problemas que, para o Sindicato dos Servidores Públicos, são antigos e já teriam sido denunciados ao Ministério Público. "Tem gente ganhando R$ 30 mil enquanto o servidor aposentado há mais de 20 anos perdeu salário e está recebendo R$ 200 reais por mês. Agora não tem mais como abafar, a coisa explodiu", diz a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Magé, Sandra da Silva. O G1 tentou entrar em contato com a Prefeitura de Magé, mas ninguém foi encontrado.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Ex-prefeito de Magé é preso

Ex-prefeito de Magé é preso
Charles Cozzolino é suspeito de fraudar licitações do município.Ele era procurado por agentes da Operação Uniforme Fantasma.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

» Acusada de fraude, prefeita de Magé reaparece
» Manifestantes defendem prefeita de Magé em protesto
» População de Magé aprova investigação policial na prefeitura
» PMs fazem protesto com 586 cruzes na Praia de Copacabana
» PM exonera mais dois comandantes
» Moradores de Magé protestam contra corrupção
O ex-prefeito de Magé, Charles Cozzolino, foi preso nesta tarde de sábado (9) por policiais do Grupo de Apoio a Promotoria (GAP).

O político é suspeito de fraudar licitações no município, que fica na Baixada Fluminense. Charles também é irmão da atual prefeita de Magé, Núbia Cozzolino e tinha mandado de prisão expedido na Operação Uniforme Fantasma.

Ele está sendo levado para a sede da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), no bairro da Saúde, Zona Portuária.


Protesto
Os moradores e funcionários da Prefeitura de Magé fizeram um protesto contra a corrupção na tarde de sexta-feira (1º) no município. A manifestação aconteceu em frente ao prédio da prefeitura. O ato terminou com uma passeata pelas ruas da cidade.

Visite o site do RJTV No dia 24 de janeiro, uma operação do Ministério Público prendeu 20 pessoas em Magé e em outros municípios do estado. Segundo o MP, todas são suspeitas de pertencer a uma quadrilha que fraudava licitações e superfaturava equipamentos hospitalares.

Irregularidades
Outra denúncia é sobre irregularidades na folha de pagamento e a contratação de funcionários fantasmas. Problemas que, para o Sindicato dos Servidores Públicos, são antigos e já teriam sido denunciados ao Ministério Público. "Tem gente ganhando R$ 30 mil enquanto o servidor aposentado há mais de 20 anos perdeu salário e está recebendo R$ 200 reais por mês. Agora não tem mais como abafar, a coisa explodiu", diz a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Magé, Sandra da Silva. O G1 tentou entrar em contato com a Prefeitura de Magé, mas ninguém foi encontrado.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

PM é morto durante assalto em Sulacap

Rio - O cabo Alexander Valverde Gonçalves, lotado no 23º BPM (Leblon), foi morto durante um assalto próximo ao supermercado Carrefour, de Sulacap. Um dos bandidos também morreu.
O PM passava pela Estrada Manuel Nogueira de Sá, em Realengo, na companhia de outro policial do mesmo batalhão. Quando parou em um sinal, viu dois homens assaltanto um motorista na frente. Um terceiro bandido chegou para rendê-los, viu a arma em seu colo e atirou. Não houve reação.
Além do cabo, um comparsa, que seria adolescente, também foi atingido pelos tiros disparados pelos assaltante. O criminoso morto ainda não foi identificado.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sérgio Cabral propõe ‘oxigenar’ a PM

Pacote de medidas será enviado semana que vem à Alerj e reduzirá tempo de coronéis na ativa

Paula Sarapu

Rio - O governador Sérgio Cabral confirmou ontem, ao chegar à Sapucaí, que prepara um pacote de medidas para “oxigenar” a Polícia Militar, como informou domingo a coluna ‘Informe do DIA’. Entre as medidas está a redução de seis para quatro anos do tempo máximo de permanência de coronéis ‘full’ — o nível mais alto — na ativa. “É um absurdo o Rio ter, por exemplo, um número de coronéis na ativa mais alto que o de São Paulo”, disse Cabral. As medidas serão enviadas à Assembléia Legislativa (Alerj) no início da próxima semana, na forma de uma mensagem do Executivo.
Nos desfiles de domingo no Sambódromo, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, já havia deixado claro que novas mudanças na área estão por vir: “Temos desde a transição de projetos de melhorias, mudanças significativas, que vamos implantar nas instituições”.
Para ele, não haverá problemas gerados pela exoneração do ex-comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Angelo. “Trabalhamos para que a população tenha tranqüilidade no Carnaval. Não acredito que as mudanças tenham provocado alterações nos planos de segurança do evento.”
ENTERRO DE CADETE
No enterro do cadete da Polícia Militar Alexandre Kodlulovich Dias, 21 anos, assassinado a tiros em Sulacap domingo, Beltrame prestou solidariedade à família. “Sou pai de rapaz de 24 anos e imagino a dor das famílias quando morre um jovem com futuro brilhante pela frente, de forma tão cruel. Mas a polícia carrega o risco e o policial, quando faz a opção, deve considerar isso”, observou.Abraçado à bandeira do Brasil que cobriu o caixão do filho, o coronel do Exército Rogério Rodrigues Dias fez um desabafo emocionado ao comandante-geral da PM, coronel Gilson Pitta: “Meu filho tinha ótima formação educacional e boa condição de vida, mas escolheu ser policial militar e eu tinha muito orgulho disso”. O rapaz foi morto a 1 km da Academia de Polícia D. João VI, quando seguia para casa, em Botafogo, após plantão no Sambódromo.
Pitta, que trabalhou com o pai de Alexandre na área de inteligência na década de 70, esteve no velório em solidariedade ao amigo e voltou ontem ao Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
Cerca de 300 pessoas foram ao enterro. O pai de Alexandre fez um apelo aos colegas do filho: “Ele era apaixonado pela PM e nossa família acredita na instituição”.

Fonte: o dia on line

Governador manda prender blogueiro


Abaixo TRANSCREVO artigo do Jornalista Mário Augusto Jakobskind, publicado no Observatório da Imprensa.
O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, está botando os pés pelas mãos, sobretudo na área de segurança. Ele o seu secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, aprontam de tal maneira que já estão sendo considerados inimigos da Polícia Militar. A última do governador, que passa as horas de lazer em sua casa em Portobelo, em Mangaratiba: ordenou a primeira prisão de um blogueiro no Brasil, o tenente da Polícia Militar Melquisedec Nascimento, presidente da Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas (Amae), um sindicato de policiais. E isso em pleno carnaval.
Inconformado com as críticas feitas pelo oficial no blog Militar Legal, que cobra as promessas de campanha, sobretudo as relacionadas com o reajuste de salários dos PMs, Cabral decidiu mandar prender Melquisedec.Quatro PMs da Corregedoria da corporação foram à casa do tenente blogueiro dizendo ter ordem para levá-lo a prestar depoimento e depois prendê-lo administrativamente. O chefe da 3ª Delegacia da Polícia Judiciária Militar, tenente-coronel Alexandre Rodrigues do Nascimento, no entanto, negou que haja ordem de prisão contra Melquisedec, que não foi encontrado em seu domicílio, mas admitiu que a convocação foi para esclarecer o motivo pelo qual colocou em seu blog a fotomontagem de Cabral como Pinóquio.
O governador, que se irrita com qualquer tipo de críticas, não agüentou quando viu seu retrato estampado com o chapéu e nariz de Pinóquio. Cabral apenas é acusado de repetir o que fazem políticos de sua envergadura quando correm atrás dos votos, ou seja, prometem nos palanques e forma a iludir os incautos.
Teoria na prática é outra
Ao decretar a prisão de Melquisedec, Cabral demonstrou que não respeita a livre manifestação de pensamento. Não adiantam discursos de defesa da democracia, que costuma fazer em solenidades para agradar platéias, quando na prática age de forma autoritária. Cabral é o exemplo concreto de como a teoria na prática é outra.Não é hora das entidades defensoras da liberdade de expressão se manifestarem contra o desrespeito do governador Cabral? O silêncio é, na prática, compactuar com a arbitrariedade. Ou não?
Quem semeia vento colhe tempestade. O autoritarismo de Cabral fez com que em alguns blogs ele apareça com o bigode característico e chamado de Adolfo, numa alusão a Hitler. Se continuar semeando ventos arrisca-se inclusive a colher maiores tempestades ampliando a inconformidade dos policiais militares, com graves conseqüências.
"Colombizando" o Rio de Janeiro
A crise na segurança pública no Rio está visivelmente se agravando. A política preconizada por Cabral e seu secretário Beltrame, com graves reflexos nas áreas pobres, está na prática "colombizando" o Rio de Janeiro. Aliás, depois que voltou da Colômbia, onde a política de segurança recebe a assessoria de militares e agentes de inteligência estadunidenses e israelenses, Cabral tem se revelado um entusiasta no modelo de confronto adotado por lá no combate à violência urbana. O governador tem constantemente criminalizado a pobreza e perde as estribeiras quando é questionado nesse sentido. E a mídia conservadora aplaude de bom grado as seguidas declarações da autoridade máxima do estado do Rio, o que na prática incentiva o seu procedimento.
Como se tudo isso não bastasse, o secretário Beltrame vem sendo acusado de ter vínculos com uma empresa da área de inteligência, especializada em grampear telefones. Trata-se de uma acusação grave, e a única forma de esclarecer se a denúncia tem ou não fundamento é investigá-la a fundo. A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) poderia ser convocada nesse sentido. Resta saber se os parlamentares daquela Casa Legislativa toparão fazer isso, uma rotina na democracia, por se tratar de um procedimento que visa esclarecer uma grave dúvida que paira no ar.
Quanto às dependências de alto luxo de Cabral em Portobelo, onde só moram ricaços, a pergunta que se faz é de como um político sem berço de ouro pode ter uma propriedade deste tipo? Muitos perguntam: herdou, ganhou na mega-sena, deu o golpe do baú, economizou ou...? O que tem a dizer o governador? Por Mário Augusto Jakobskind, em 5/2/2008

Jovem fantasiado de bate-bola é morto a tiros no subúrbio

Jovem fantasiado de bate-bola é morto a tiros no subúrbio
Vítima, de 15 anos, era filho de policial do Bope. Outras quatro pessoas também ficaram feridas com os disparos.
Do G1, no Rio

Saiba mais

» Homem fantasiado de bate-bola é morto

» Briga de bate-bolas termina em morte no subúrbio do Rio
Um jovem de 15 anos morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas na noite de domingo (3) em Bento Ribeiro, no subúrbio do Rio, numa briga entre dois grupos de pessoas vestidas de "bate-bola", fantasia tradicional do carnaval carioca composta por máscara, macacão colorido, capa bordada e uma bola de plástico leve, mas muito barulhenta, usada para assustar crianças pequenas.

VC no G1: Internauta relata como foi a briga dos bate-bolas

Assista ao vídeo sobre a tradição dos bate-bolas no carnaval do rio
Segundo a assessoria da Polícia Militar, a vítima fatal, identificada como Gérson Manoel Florentino, era filho de um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).Gérson chegou a ser socorrido no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu aos ferimentos. As outras quatro vítimas, três delas identificadas como Bruno Nascimento, 19 anos, Diego Oliveira, 22, Tauã Aquino, 19, foram levadas para o mesmo hospital. Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles. Ainda de acordo com a polícia, o incidente ocorreu quando o grupo de bate-bolas em que estava Gérson se desentendeu com um outro bando que estava com a mesma fantasia. Na confusão, uma pessoa, ainda não identificada, atirou contra o rapaz e as outras quatro pessoas.

Bandidos executam aspirante

Bandidos executam aspirante Cadete da PM morre e colega fica ferido em ataque de criminosos que queriam roubar arma
Andréa Uchôa
Rio - Um tiro de fuzil destruiu ontem o sonho de Alexandre Kodlulovich Dias, de 21 anos, cadete da Polícia Militar, de se tornar um oficial da PM. Ele e outros dois alunos da Escola de Formação de Oficiais (Esfo) foram vítimas de uma emboscada, em Sulacap, no início da manhã de ontem, quando voltavam para casa, depois de uma madrugada de trabalho na segurança do Sambódromo. O aspirante foi atingido e morreu. Os colegas de Alexandre conseguiram escapar se escondendo no frigorífico de um açougue — um deles, baleado. Desarmados, os PMs não tiveram chance de reagir ao ataque, que tinha o objetivo de roubar armas.
Por volta das 6h, três homens, um deles portando um fuzil calibre 7.62, abordaram o trio na esquina das ruas Pacífico Pereira e Olímpico de Castro, a um quilômetro da Escola de Formação de Oficiais (Esfo), de onde os cadetes tinham acabado de sair. Os bandidos acreditavam que os militares estivessem armados e, por isso, os seguiram e atacaram. De acordo com o depoimento dos aspirantes sobreviventes, os criminosos já chegaram pedindo as armas.
“Perdeu, perdeu! Passa a peça, a peça (arma)”, gritavam eles, depois de fecharem o Renault Clio preto, do cadete Caio Dias Pesqueira, com o Citröen C4 Pallas preto em que estavam. Desarmados — já que aspirantes não têm porte — e com as fardas e identidades militares dentro do veículo, os cadetes não viram outra opção a não ser correr, pois acreditavam que seriam executados por serem militares.
Alexandre, segundo seus colegas, seguia no banco do carona e estava sonolento. Testemunhas o viram descer do carro, tropeçar em um buraco e cair ao lado do veículo. Foi quando o homem que estava com o fuzil deu um tiro na nuca do policial e, em seguida, fez vários disparos na direção dos outros dois. Alexandre morreu na hora. O cadete Luís Otávio Ramos Mota foi atingido por de raspão na barriga e socorrido por bombeiros ainda no local. Caio conseguiu fugir sem se ferir.
Os dois fugiram correndo para dentro do frigorífico de um açougue das proximidades. “Eu os ajudei e chamei os bombeiros. Coitados, eles estavam desesperados. Os meninos (aspirantes) me disseram que os bandidos os seguiram achando que eles estavam armados”, contou uma moradora de Sulacap, sem se identificar.
DESCRIÇÃO DE BANDIDO
Caio e Luís prestaram depoimento na 33ª DP (Realengo) e descreveram o bandido que portava fuzil como um homem negro, magro e com aproximadamente 1,80 metro. Para tentar identificá-lo, inspetores começaram a procurar entre os registros de ocorrência outros casos que tenham bandidos com carcacterísticas físicas semelhantes a do assassino do cadete. Agentes da Polícia Civil acreditam que os criminosos estavam em busca de armamento para fortalecer sua quadrilha na guerra entre facções que dominam favelas na região.
Vítima ia se tornar um oficial
O corpo de Alexandre será enterado hoje, às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Antes da cerimônia, haverá uma homenagem ao cadete na Academia de Polícia Militar Dom João VI, no mesmo bairro. Praticante de Muay Thai — luta tailandesa —, Alexandre estava perto de realizar o sonho de virar oficial da PM. Ele cursava o último ano do Curso de Formação de Oficiais.
Ontem, cadetes e até oficiais criticavam o fato de alunos serem colocados para patrulhar as ruas fardados e desarmados, se expondo,mas sem chance de defesa. No Orkut, Alexandre estava inscrito em diversas comunidades com referências à PM e exibia fotos fardado e em treinamentos. Em uma das comunidades, a “Turma Garra 2006”, a descrição do grupo mostra o espírito guerreiro do cadete: “Servir é o nosso lema/Proteger nossa missão/Combatente urbano enfrentando o perigo/Não tem medo da morte/Cadete destemido”.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Viviane Araújo pretende desfilar grávida no ano que vem

Viviane Araújo pretende desfilar grávida no ano que vem
Vestida de mulher fatal, ela desfilou como madrinha de bateria da Mancha Verde.No pescoço de Viviane, uma corrente com a letra R, homenagem ao namorado, Radamés.
Lais Oliveira Do EGO, em São Paulo

Globo.com

Viviane Araújo desfila de mulher fatal no Anhembi

A vida amorosa de Viviane Araújo está de vento em popa. A rainha de bateria da Mancha Verde entrou na avenida do Anhembi, fantasiada de onça e com um colar com um grande 'R' no pescoço.

Leia no EGO mais notícias sobre celebridades.
“É uma homenagem para o Radamés”, contou ela, com um grande aplique de cabelo e cuja fantasia representa a mulher fatal. O namoro de Viviane e do jogador Radamés está tão bem que ela pretende exibir uma grande surpresa no carnaval do ano que vem. “Quero engravidar e, se puder, vir desfilar grávida, com um barrigão”, contou Viviane.

Cabral vai anunciar aposentadoria dos coronéis da PM

Jan Theophilo

Rio - Não vai ficar barato o movimento dos Barbonos. Sérgio Cabral anunciará nos próximos dias uma exoneração em massa entre os coronéis da PM.
O número exato de oficiais que serão reformados ainda não está fechado. A PM do Rio conta hoje com 80 coronéis, número considerado excessivo pelo governo. No primeiro momento sairão aqueles que estão há mais de seis anos no posto.“Será a primeira de muitas medidas para oxigenar a PM”, diz o secretário do Gabinete Civil, Régis Fichtner. “Quanto aos aumentos, é uma conversa para abril ou maio. Não faremos nada sob pressão”.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Manifestantes protestam em Magé contra a prefeita Núbia Cozzolino

Grupo vai encaminar documento aos vereadores pedindo a abertura de impeachment
Rio - O Movimento Popular Reage Magé convocou a população para uma manifestação pública de repúdio às falcatruas da prefeita Núbia nesta sexta-feira. Cerca de 200 integrantes do grupo distribuíram nariz de palhaço aos manifestantes reunidos na porta da prefeitura. O protesto denominado "Grito de Carnaval contra a corrupção" começou por volta das 11h30 e terminou quase 13h. Ficou acertado que o grupo vai encaminar documento aos vereadores pedindo a abertura de impeachment da prefeita da cidade.
Também foram distribuídos cerca de 2 mil panfletos, espécie de "Carta Aberta ao Povo Mageense". O texto diz que o povo está indignado, porque na cidade só se ouve os comentários da roubalheira, e lembra que a prefeita Núbia Cozzolino está sendo denunciada à Justiça por liderar o esquema de desvio de milhões de reais destinados à Saúde, à Educação e Assistência Social na cidade. As palavras "Vergonha" e "Roubalheira" aparecem grifadas, concluindo que a população não pode assistir calada a tantos desmandos. "Basta de medo, fora os corruptos e viva Magé", concluiu o manifesto.
Um carro de som puxou os manifestantes com palavras de ordem, como "Eiro, eiro, eiro, cadê o meu dinheiro", "Justiça" e "Charles, cadê você, nós queremos te prender".
Membro da Associação de Moradores do Distrito de Suruí, Renilda da Silva Jardim Souza, subiu ao carro de som para denúnciar as ações do governo Núbia na região onde ela mora. Ela disse que os moradores são ameaçados todos os dias, Segundo ele, os cabos eleitorais de Núbia fazem reuniões para tudo com a população, antes de distribuir qualquer tipo de benefício público, inclusive para sepultamentos.
"É a coisa mais absurda que já vi durante todos esses anos", disse ela em manifesto também enviado a O DIA. "As reuniões são obrigatórias; quem não participa fica sem os benefícios. Pessoas doentes têm que se submeter a essa situação vexatória e humilhante, que consideramos ser um ato de agravo à condição de cidadania".
No final do protesto, um grupo com cerca de 90 manifestantes simpatizantes da prefeita Núbia apareceu gritando palavras de ordem, como "Queremos Núbia de novo" e "doa a quem doer, fale quem quiser, quero ver bater de frente com a prefeita de Magé". A situação foi acompanhada à distância por cerca dde 15 PMs.

POVO BRASILEIRO - URGENTE

POVO BRASILEIRO - URGENTE
A REDE RECORD DE TELEVISÃO TEM DEMONSTRADO INDEPENDÊNCIA NA ANÁLISE DA CRISE DA SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
AS REPORTAGENS CONDUZIDAS PELO JORNALISTA WILLIAN TRAVASSOS - QUE ESTÁ SUBSTITUINDO O DEPUTADO ESTADUAL WAGNER MONTES - TEM TRATADO O TEMA COM A ÓTICA DA VERDADE.
OS JORNAIS DO RIO DE JANEIRO (EXTRA, GLOBO, JORNAL DO BRASIL, O DIA), APESAR DA FORTE PRESSÃO - COMEÇAM A DAR SINAIS DE QUE NÃO MAIS ESTÃO ACEITANDO ESSA SITUAÇÃO.
A FOLHA DE SÃO E O ESTADÃO TAMBÉM APRESENTAM ESSE CLARO SINAL.
A MAIORIA DOS JORNAIS APRESENTA NA CAPA UMA REPORTAGEM FAVORÁVEL AO GOVERNO - A MAIORIA DAS PESSOAS SÓ LÊ A CAPA NAS BANCAS, POIS NÃO TEM DINHEIRO PARA GASTAR COM ALGO TÃO SUPÉRFLUO, COMO UM JORNAL.
ENTRETANTO, NAS PÁGINAS INTERNAS, ALGUNS JÁ COMEÇAM A FALAR VERDADES.
O MOMENTO É DE TRANSIÇÃO, ENTRE O TEATRO E A REALIDADE.
RATIFICO O MEU PEDIDO PELA INTERFERÊNCIA NO PROCESSO DE UMA AUTORIDADE PÚBLICA (GOVERNO FEDERAL, PODER JUDICIÁRIO, PODER LEGISLATIVO E MINISTÉRIO PÚBLICO).
PARABÉNS AOS REPÓRTERES, AOS CINEGRAFISTAS, AOS JORNALISTAS E AS EQUIPES DE APOIO, QUE ESTÃO DEMONSTRANDO UMA ÉTICA IMPRESSIONANTE.
NADA COMO UM OLHO NO OLHO PARA VER QUEM ESTÁ COM A VERDADE.
VAMOS MUDAR ESSE BRASIL.
COMEÇOU NA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO!
COMEÇOU NESSA CIDADE MARAVILHOSA!
JUNTOS SOMOS FORTES!
POLÍCIA MILITAR
SERVIR E PROTEGER
BOMBEIROS MILITARES
VIDAS A SALVAR

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO

POSTADO POR
CEL PAÚL

http://celprpaul.blogspot.com/

Policiais militares de cinco batalhões recebem o Riocard



Rio - A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro entrega nesta sexta-feira o Riocard – o cartão do sistema de bilhetagem eletrônica dos transportes do estado – a PMs integrantes de cinco batalhões.

Serão aproximadamente R$ 5 milhões que a corporação irá disponibilizar de seu próprio orçamento para beneficiar a locomoção para o trabalho dos cerca de 2,5 mil PMs lotados nos 2º BPM (Botafogo), 19º BPM (Copacabana), 23º BPM (Leblon), 31º BPM (Recreio) e o Batalhão de Polícia em Áreas Turísticas (BPTur) também em Copacabana.

A prioridade, nesta primeira fase do projeto, é fornecer o cartão de transporte para policiais militares residentes em locais afastados do trabalho já que a maioria da tropa mora na Zona Oeste, na Baixada ou em outros pontos da Região Metropolitana.

Todos os policiais dos cinco batalhões - soldados, cabos, sargentos e oficiais - serão beneficiados pelo Riocard. A intenção do comando da corporação é ampliar a distribuição do cartão para policiais de outros batalhões da capital ainda neste ano. A distribuição para essas unidades servirá como teste para a implantação do projeto.

Pitta exonera coronéis que lideraram protestos e ocupa cargos com oficiais da ‘linha-dura’



Cabral em sua primeira aparição pública com o coronel Gilson Pitta: governo nega crise e afasta coronéis rebeldes. Foto: Luiza Reis / DivulgaçãoRio - No primeiro dia à frente do comando-geral da Polícia Militar, o coronel Gilson Pitta Lopes pôs em prática seu discurso de posse, marcado pelo que considera os pilares da corporação: disciplina e hierarquia. Como primeira medida, Pitta exonerou 10 oficiais, oito deles coronéis Barbonos — grupo que liderava protestos contra baixos salários —, e começou a ocupar posições-chave na PM com coronéis considerados ‘linha-dura’. Dois exemplos da nova estratégia são os coronéis Paulo Lopes, comandante do 14º BPM (Bangu), e Álvaro Garcia, que assumiram funções.

Na primeira aparição pública ao lado do governador Sérgio Cabral e do novo comando da corporação, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, fez questão de negar que a segurança enfrente uma crise. “Todos queremos é ordem. É uma caminhada que não tem volta”, disse. Ele mandou ainda um recado à tropa: tenentes-coronéis novos vão assumir frentes de comando. “Vamos oxigenar a PM”, avisou.

Outra preocupação da cúpula da Segurança foi a de tranqüilizar a população em relação ao policiamento durante o Carnaval. “O Carnaval vai ser tranqüilo. Se você beber, não dirija”, brincou o novo chefe do Estado-Maior da PM, coronel Antônio Carlos Suarez David, em visita ao 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), em Niterói.

FALTA DE POLICIAMENTO

A crise afetou o policiamento ontem na área do 6º BPM (Tijuca). Patrulhas que não estavam em condições de uso foram deixadas na garagem. O comandante, Roberto Alves de Lima, que pediu exoneração com outros 45 oficiais, afirmou que reuniu a tropa para pedir que o trabalho fosse executado. Porém, O DIA percorreu as ruas da Tijuca e só encontrou policiamento na Praça Saens Peña.

Embora ontem a PM continuasse dividida, o movimento encabeçado pelos Barbonos demonstrava ontem sinais de enfraquecimento. Oficiais da corporação desistiram de pedir a exoneração do secretário José Mariano Beltrame e concentraram o discurso no aumento salarial. O presidente da Associação dos Militares do Estado (AME), Dilson Anaide, foi ao Palácio Guanabara pedir encontro com Sérgio Cabral. Anaide enviou ainda carta à Secretaria de Segurança na qual informa que Beltrame é ‘persona não grata’.

PROTESTO

A reivindicação da tropa continua hoje. Das 5h ao meio-dia, 586 cruzes ficarão fincada na Praia de Copacabana para lembrar os militares mortos em serviço nos últimos quatro anos. Quepes serão colocados com a mensagem “Nossos heróis entregaram suas vidas por menos de R$ 30 por dia”.

Durante todo o dia de ontem, uma as maiores preocupações dos militares era com as trocas de comando. Pela manhã, Pitta visitou o 12º BPM (Niterói), onde foi mantido Ricardo Pacheco. Álvaro Garcia, do RPMont, vai para a chefia das Unidades Especiais. Foi nomeado o coronel Daltro Crespo Zuma para a Diretoria Geral de Pessoal — de onde saiu Francisco Vivas.

Foram exonerados os coronéis: Hildebrando Quintas Esteves (chefe de gabinete do comando-geral), Ronaldo Antônio Menezes (4º CPC), Leonardo Passos Moreira (ESPM), Dario Cony dos Santos (Uope), Rodolpho Lyrio Filho (APM), Renato Fialho Esteves (Degal), Francisco Carlos Vivas (DGP), Jorge Ferreira Fogaça (Finanças), Paulo Ricardo Paúl (Ensino); o tenente-coronel Joziel Havani dos Santos (18º BPM) e o major Wanderby Braga de Medeiros (4º CPA).

PMS PRESOS EM GREVE DE FOME

O protesto dos oficiais ganhou um apoio inusitado. Em ato contra as mudanças no comando da corporação e a qualidade da comida servida no Batalhão Especial Prisional (BEP), policiais presos na unidade iniciaram, na noite de quarta-feira, uma greve de fome.

Na manhã de ontem, eles fizeram um “panelaço” e exibiram pratos vazios e faixas exigindo melhores salários. Aos gritos, diziam que estavam com fome. Um plástico preto foi hasteado na janela e uma camisa, incendiada. A previsão é que a manifestação dure pelo menos cinco dias.

O protesto tem o apoio do comandante do BEP, coronel Fernando Príncipe, que foi um dos 45 oficiais que entregaram o cargo após a exoneração do coronel Ubiratan Angelo. “Conversei com três representantes de cada galeria e eles disseram que, por questão de honra, apóiam seus companheiros de corporação. Entendo a manifestação deles, porque estou fazendo a minha. Um soldado ganha menos de R$ 30 por dia. Não vou comandar uma tropa de miseráveis. O que se assiste, hoje, é uma tropa desmotivada, abandonada pelos órgãos competentes”, afirmou Príncipe.

CARTAZES E GRITOS

Em um dos cartazes, os PMs reclamavam da remuneração: “O pior salário do Brasil. Seja policial e ganhe R$ 800 para morrer”. Em uma outra faixa, criticaram o secretário José Mariano Beltrame e o governador Sérgio Cabral: “Estamos em greve. Fora Cabral, Fora Beltrame”. Na carceragem, os presos davam gritos de “estou com fome”, “comida podre”, “essa comida é horrível”, “minha família está passando fome” e “quero aumento”.

Um policial arrumou uma maneira inusitada de protestar e atirou para fora do presídio um prato de alumínio com arroz. À tarde, uma funcionária da empresa terceirizada responsável pela alimentação esteve no BEP para tomar conhecimento das queixas. “A carne servida é de má qualidade. Aqui, é chamada de carne de monstro”, relatou um PM.

Escolha com aval do Exército

A ligação de Gilson Pitta com o Exército foi determinante para que o oficial fosse escolhido pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Na PM, por exemplo, é praxe o responsável pelo Serviço Reservado ser aprovado pelo Comando Militar do Leste (CML). A trajetória de Pitta foi marcada principalmente pelo serviço prestado à chamada P-2.

Como O DIA noticiou com exclusividade quarta-feira, preocupado com os pedidos de exoneração dos oficiais da PM, o governo do estado fez contado com o CML para que tenentes-coronéis ficassem em alerta, caso fosse necessária a ajuda dos militares. Ontem, oficialmente, o CML negou. Para mostrar apoio institucional, o Sindicato da Polícia Civil divulgou ontem carta em apoio ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

No fim da noite, pelo menos 100 policiais continuavam reunidos na Associação dos Militares do Estado (AME), no Centro. Embora tenha ficado internado no Hospital da PM ontem, por ter sentido mal-estar, o coronel Paulo Ricardo Paúl foi à entidade e fez um discurso inflamado e cheio de ironias. O principal alvo do oficial era o antigo aliado, o novo comandante da PM.

Paúl acusou Pitta de traição. “Quem seriam os referidos inimigos?”, indagou. O coronel disse ainda que hoje vai ao Ministério Público “tomar providências cabíveis”, insinuando que pedirá proteção. “A responsabilidade pela minha vida e da minha família, a partir de agora, é responsabilidade do estado.”

Aulas começam no dia 7

Em meio à crise provocada por reivindicações salariais, PMs que ganham menos de R$ 1.400 por mês já podem se matricular em um dos 82 cursos oferecidos pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). As inscrições estão abertas até o dia 3 e as aulas devem começar dia 7. Além de um certificado com comprovante do curso e do aprendizado, cada militar receberá bolsa-formação que varia de R$ 180 a R$ 400, segundo a patente.

O salário normal de um soldado da PM é de aproximadamente R$ 850. Com a bolsa, o aumento será de 64,7%. Já os cabos, que recebem cerca de R$ 1 mil, seriam beneficiados com 40% a mais. Assim como as inscrições, os cursos serão ministrados on-line. Para isso, serão inaugurados, de acordo com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, 12 centros para telecursos. Os equipamentos já estão no Rio e serão instalados nos próprios batalhões.

O lançamento nacional do programa será no Rio, dia 7 de março, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Tarso Genro, entregarão os cartões magnéticos — usados para sacar o dinheiro da bolsa — aos policiais.

Para se inscrever nos cursos, o interessado não pode estar respondendo a nenhum processo. No Rio, 20 mil PMs recebem menos que R$ 1.400. Até ontem dois mil estavam inscritos.